quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Falando de Historia e algo mais: "Erico Te Convida a Ler!"

Falando de Historia e algo mais: "Erico Te Convida a Ler!": PROJETO DE LEITURA –   Erico Te Convida a Ler! Justificativa: Ao afirmar que queremos leitores conscientes, críticos e cr...

"Erico Te Convida a Ler!"

PROJETO DE LEITURA

 Erico Te Convida a Ler!


Justificativa:

Ao afirmar que queremos leitores conscientes, críticos e criativos, durante e após a sua trajetória, capazes de se tornarem autônomos, estamos pressupondo que a consciência, a criticidade e a criatividade desses sujeitos-leitores vão ser constantemente dinamizadas nas diferentes práticas de leitura aplicadas durante o projeto (Erico Te Convida  a Ler!) realizado no espaço do Museu Erico Veríssimo, levando-os a inserir-se na luta pela superação das contradições da vida social.
A capacidade de tornar leitores críticos pode ser conquistada através da organização de dinâmicas lúdico-pedagógicas que permitam aos leitores trabalhar com três movimentos de consciência: o CONSTATAR, o REFLETIR e o TRANSFORMAR.
No processo de interação com um texto, o leitor executa um trabalho de atribuição de significados, a partir de sua história e de suas experiências. Esse trabalho é idiossincrático (ou próprio de cada leitor individual) mesmo porque as experiências, a origem, a história, etc. dos leitores nunca são iguais – daí ser praticamente impossível que duas ou mais pessoas façam uma leitura da mesma maneira, destacando exatamente as mesmas ideias.
            Essa diferenciação ou falta de semelhança no processo de atribuição de significados contribui de tal maneira para a compreensão e o aprofundamento de um texto porque permite o desvelamento de um número maior de suas camadas de significação

Objetivos:

Transformar a leitura numa prática sociável, onde o sujeito possa tornar-se um leitor autônomo de suas escolhas através da mediação da leitura praticada em grupo.




OJETIVOS ESPECÌFICOS

v    Propiciar condições que facilitem e intensifiquem a aproximação com os livros e textos dinamizando a Leitura.
v    Despertar e incentivar o interesse pela leitura.
v    Contribuir para formação de leitores autônomos e competentes.

Duração:
maio a dezembro/2013




DA  DIVULGAÇÂO:

Jornais;
Emissoras de Rádio e TV ;
Sites de Notícias;
Mídias Sociais- Facebook, instagran, Flicker, Twitter...;


Recursos Humanos:

Mediadores de Leitura Contadores
Palestrantes
Público alvo- Grupos Beta


Empreendimentos:

Criação
de trabalhos comprobatórios ;
Produção
de resenhas e recontos de autoria dos leitores;
Criação
de Fichas de leitura para análise dos elementos da narrativa e recomendação da leitura de livros.

Avaliação:

Será
realizada a avaliação da leitura  trimestral, que estabelecerá critérios e os divulgará aos leitores do projeto piloto; a fim de monitorar, principalmente, os avanços e os resultados do projeto. Além disso, a monitora realizará atividades sequenciais de produção escrita que demonstrarão que objetivos foram alcançados e quais adequações serão necessárias durante o desenvolvimento do projeto, para que as atividades de leitura auxiliem no desenvolvimento da competência humana de Leitura.

Contatos:
Juliana Abreu Pereira
Historiadora, Pesquisadora, Gestora em Arquivos
55  81047056
Face: Erico te Convida a Ler

Amor e fidelidade num casamento imperial: D. Pedro I e D. Amélia.


Há 180 anos, um caso de amor à primeira vista. Na manhã do dia 16 de outubro de 1829, aportou na baía de Guanabara, uma fragata transportando uma jovem esplêndida como uma rosa. Ela se chamava Amélia Augusta Eugênia Napoleona de Beauharnais, princesa de Leuchtenberg e de Eichsteadt , tinha 17 anos e era neta da imperatriz Josefina, casada em segundas núpcias com Napoleão Bonaparte. Sem se conter, D. Pedro I foi ao encontro da noiva esperada. Os jornais que haviam alardeado sua beleza não se equivocaram. Ao encontrar a princesa prometida, D. Pedro I quase perdeu os sentidos. Viúvo e repelido nas suas pretensões matrimoniais por má reputação, D. Pedro I só conseguiu moça tão cheia de qualidades graças aos esforços de seu diplomata na França, o Visconde de Pedra Branca.
Enquanto isso, nas lojas da capital fitas e tecidos cor de rosa se esgotaram. Era a flor preferida da princesa, “a adorada Amélia, minha salvadora, a Salvadora do Brasil”, nas palavras do apaixonado futuro marido. O Marques de Barbacena, testemunha ocular do encontro assim o relatou: “vi os noivos tão ocupados um do outro, como se fossem namorados de muitos anos. Neste momento considero aqueles dois entes os mais felizes do mundo”. Entusiasmado, o Marques de Resende, ministro do Brasil, descreveu a noiva: “Um ar de corpo como o que o pintor Corregio deu nos seus quadros à rainha de Sabá e uma afabilidade que aí há de fazer derreter a todos, fez com que eu exclamasse, na volta para casa: valham-me as cinco chagas de N. S. Jesus Cristo, já que pelos meus enormes pecados não sou o Imperador do Brasil”. E prosseguia, inconveniente: “Que fará o nosso Amo, na primeira, na segunda e em mil e uma noites? Que sofreguidão”! Não errou. Anos mais tarde, D. Pedro ainda chamaria a esposa carinhosamente de “bocado de rei”…
No dia seguinte, a cidade engalanou-se para as bodas. Salvas de artilharia, iluminações, repiques de sinos e arcos triunfais saudaram o longo cortejo de carruagens, desde o Arsenal da Marinha até a Capela Imperial, onde se celebrou o casamento religioso. Encerrou-se a cerimônia com um Te-Deum cantado pelos professores da Imperial Câmara e música de autoria do próprio Imperador. D. Amélia adotou o costume que vinha da época do Consulado napoleônico: o “vestido de casamento” longo, branco e acompanhado de véu de renda, como o que usou Carolina Bonaparte para esposar o general Murat. (vide gravura Debret)
Apesar da pouca idade, D. Amélia veio para mudar a vida de D. Pedro I, mas, também a da sua Corte. Ao chegar ao paço de São Cristóvão, ficou impressionada com a desordem. O Imperador recebia a todos de qualquer maneira. Imediatamente tratou de disciplinar o palácio, impondo etiqueta e cerimonial, obrigando o cumprimento de horários e colocando o francês como língua oficial. Além disso, introduziu o refinamento dos serviços e da indumentária. Feminina, belíssima e moça, Amélia não só inspirou a Ordem da Rosa, condecoração criada pelo marido em sua homenagem, com a legenda “Amor e Fidelidade”, como consolidou nos trópicos, um savoir-vivre, característico das Cortes européias.
A seu pedido, D. Pedro renovou o mobiliário comprando um novo ao chileno Gabriel Arcos, recuperou cerimônias de ostentação, adquiriu tecidos finos, louças requintadas e objetos de decoração. O casal imperial recebia com monumental baixela em “vermeil”, atualmente pertencente à casa real sueca e com peças em prata executadas pelo célebre Odiot; Serviço de mesa de D. Amélia, com a inicial “A” em dourado ou o de casamento com cenas, paisagens, flores e frutos em policromia; Copos da família imperial em Bacarat e roupa de mesa em damasco, tendo nos cantos a inicial “A” sob coroa imperial.
A elegância da imperatriz era comentada na correspondência estrangeira. Ela gostava de usar diademas com pingentes e medalhões; brincos, broches e pentes de cabelo em aço cromado imitando brilhantes; mantos, redingotes e pelérines de tafetá com barras bordadas de canutilhos e lâminas de ouro; vestidos também com bordados no mesmo metal; colares de esmeraldas ou ametistas facetadas. Seus cabelos louros estavam sempre penteados em cachos ou em coque, emoldurando um rosto perfeito. Nos retratos, sua indumentária revela que a cintura fina era esmagada por cintos, as saias abriam em evasées, os tops em imensas mangas balão ou “jambon”. Foi o tempo em que os spencers, os sapatos de baile sem salto e as botinas de sarja fina entraram na moda. Em que as bolsas de mão foram substituídas pelo leque. Os decotes diurnos eram pequenos e arredondados. Para a noite, a linha nua do pescoço se prolongava até os largos decotes que morriam nos ombros.
O casamento de D. Pedro com a jovem D. Amélia representou um momento de calmaria em meio ao turbilhão de acontecimentos que caracterizou o Primeiro Reinado. Graças a esse matrimônio, D. Pedro voltou a ser o monarca amado por toda uma nação e envolvido num idílio amoroso digno dos folhetins então publicados nos melhores jornais do país.